quinta-feira, 16 de março de 2017

Malkuth - Extreme Bizarre Seduction (2001/2016) (Relançamento)


Malkuth - Extreme Bizarre Seduction (2001/2016) (Relançamento)
(Obscure Chaos Distro/Ihells Productions/Metalvox/Underground Brasil Distro - Nacional)


01. The Cry of Adelain (Embrace the Lesbian Goddess)
02. Deep Melancholy State: A Poetic Suicide in the Name of Loucyfer
03. My Crucial Story About the Jesus Sinner
04. Devil Bride, Our Erotic Dark Desires
05. Extreme Bizarre Seduction
06. Gilles de Rais, Lord of Rais
07. Lapidis Funebris
08. ...And Ancient Witches Consume Psychotropic Teas
09. The Demon’s Mark in my Skin
10. Deep Melancholy State: A Poetic Suicide in the Name of Loucyfer (Live in Natal/RN 2002)
11. Devil Bride, Our Erotic Dark Desires (Live in Natal/RN 2002)
12. Feast of the Grand Whore (Rotting Christ Cover) (Live in Natal/RN 2002)

Não é de hoje que a região nordeste se destaca como um celeiro de grandes bandas. Surgido no ano de 1993, em Jaboatão dos Guararapes/PE, o Malkuth se firmou como um dos maiores e mais influentes nomes do cenário Black brasileiro. Em mais de duas décadas de carreira, foram seis álbuns de estúdio, um EP, e um trabalho ao vivo que firmaram a banda no primeiro time do underground nacional.

Dentre essas obras, uma das mais importantes certamente é Extreme Bizarre Seduction, 2º álbum de estúdio da banda, lançado em 2001, e sem dúvida, um dos maiores clássicos do Black Metal em nossas terras. Em 2015 o material foi relançado, remasterizado, com uma nova capa e 3 faixas ao vivo como bônus (uma delas, um cover para “Feast of the Grand Whore”, do Rotting Christ) , o que só reforça sua importância e qualidade, além de torná-lo ainda mais atraente, mesmo para os que possuem a versão original do mesmo (lançado na época pela finada Demise).

Nunca se prendendo a fórmulas prontas, Extreme Bizarre Seduction resistiu bem ao teste do tempo, se mostrando mais que relevante até os dias de hoje. Nele, o Malkuth conseguiu mesclar com maestria momentos agressivos, brutais e velozes com ótimas melodias. Em momento algum se furtaram de buscar diferenciais para suas composições, tanto que em alguns momentos nos deparamos tanto com vocais limpos, quanto com vocais femininos, algo que enriqueceu muito o resultado final. Os teclados também são muito bem encaixados, como podemos observar em canções como “Deep Melancholy State: A Poetic Suicide in the Name of Loucyfer”, “Devil Bride, Our Erotic Dark Desires” (onde os vocais femininos agregam muito) ou na clássica faixa-título, que conta também com riffs marcantes e cortantes. Outras que se destacam demais são a soturna e pesada “Gilles de Rais, Lord of Rais” e a rápida e violenta “Lapidis Funebris”.


Em matéria de produção, não podemos exigir muito, mesmo com a remasterização pela qual passou o material (realizada por Hugo Veikon). No final dos 90, início dos 2000, gravar um álbum não era das coisas mais fáceis, principalmente no que tange o aspecto financeiro. Ainda sim, levando em conta a época na qual o mesmo foi gravado, temos uma boa qualidade de produção (realizada na época por Proclo e pela banda). Mas não se iluda, pois se trata de uma gravação ríspida e crua, que passa longe das produções rebuscadas da atualidade. A nova capa foi obra de Wagner Matos, substituindo a feita por Cyber Necro Daemon (tecladista da banda na época), e que pode ser vista na parte interna do encarte.

Mesmo passados 16 anos, a verdade é que Extreme Bizarre Seduction não perdeu em nada sua força, mostrando uma música que ainda hoje se mostra atual, com uma riqueza de elementos que davam um diferencial à sua sonoridade. E mesmo com tanto tempo passado, continuo com a mesma impressão que tinha na época, de que se o Malkuth tivesse acesso a uma produção de qualidade, como a que ouvíamos vinda de bandas gringas, teria extrapolado nossas fronteiras, já que não ficava devendo nada ao que ouvíamos em matéria de Black Metal naquele período. Um trabalho mais que necessário na coleção de qualquer amante do estilo.

NOTA: 8,5

Malkuth (gravação):
- Sir Ashtaroth (vocal/guitarra)
- Holocausto (baixo)
- Cyber Necro Daemon (teclado)
- Daniela Nightfall (vocal feminino/teclado)
- Nightfall (bateria)

Malkuth (faixas-bônus)
- Sir Ashtaroth (vocal/guitarra)
- Flammellian (baixo)
- Cyber Necro Daemon (teclado)
- Nighhtfal (bateria)

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